Men At Work

Encontrei-me a dias com uma amiga que ja nao via a meses. Nunca fui (e nunca serei) um grande adepto de cafes mas devo admitir que naquele dia tive a sensacao de que aquela atmosfera um tanto ou quanto aconchegante serviu para que nos lembrassemos da nossa nao tao velha (como diziam 'os Tribalistas') infancia. Por entre recordacoes de uma "infancia"um pouco distante, eis que surge uma noticia que me deixa embasbacado....ou melhor, mal vi a minha amiga Alexandra fiquei surpreendido. A Alexandre, que e capaz de ter a minha idade (21 anos) ja e mae, ja e casada, dona de casa (nao desesperada) e mulher trabalhadora. Segundo entendti, o marido da Alexandra nao frequentou nenhuma universidade, mas actualmente recebe 1200 euros mensais. A Alexandra, que nao conseguiu completar o ensino secundario, e chefe das "caixas" do Intermache da Abrigada e recebe cerca de 800 euros (acho que e isso....). Nao pude deixar de pensar que de uma certa forma, e desculpem a expressao: eles estao lancados. Se conseguirem (e eu acredito que vao conseguir) admnistrar a sua vida, dentro em breve serao uma familia classe media, que de certeza que irao enfrentar algumas dificuldades mas , com bom senso, conseguirao levar as suas missoes e ambicoes a bom porto. O que me traz a grande questao do dia: que perspectivas de futuro temos nos, almas omnipresentes da faculdade de letras da Universidade de Lisboa. A Sic transmitiu ha dias uma grande reportagem sobre o alarmante numero de licenciados desempregados. Dizem-nos que seremos uma elite (e ja abordei tal tema), mas que elite seremos nos? Uma elite residente num pais que na maior parte das vezes na a quer ouvir ? Uma elite num pais que vive a custa de maus programas de televisao e campeonatos de futebol ensombrados pela corrupcao? Como ja diziam os grandes Men At Work : "you better run , you better take cover".